"No início, falo da filosofia platónica; num trabalho que aspirava ao rigor cronológico, teria sido mais razoável partir dos hexâmetros de Parménides ("nunca foi nem será, porque agora é"). Não sei como pude comparar a "imóveis peças de museu" as formas de Platão e como não entendi, lendo Schopenhauer e Erígena, que estas são vivas, poderosas e orgânicas. O movimento, ocupação de diferentes lugares em diferentes momentos, é inconcebível sem tempo; também o é a imobilidade, ocupação de um mesmo lugar em diferentes momentos do tempo."
Jorge Luís Borges, Prólogo da "História da Eternidade"
4 comentários:
tive que ler umas 7 vezes. mas percebi e gostei.
aurorita, ler 7 vezes para perceber e gostar é mesmo lindo, na eternidade Jorge Luís Borges está concerteza feliz! :)
...também li e reli, para concluir: Borges intuiu o que em Goswami é 'ciência'...
Um abraço!
ah, Nivaldete, os caminhos do pensamento... :)
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