a mente é uma flor
de primavera,
veio devagarinho
desde a semente,
das raízes,
caules,
folhas,
da própria terra,
veio silenciosamente,
veio invisível
e invisível continua,
por mais que se lhe chame flor
ou cérebro
a mente,
a psique,
a alma,
não é coisa,
não tem forma nem limites,
é amor.
tão frágil
o amor,
tão frágil
a mente...
basta um vento
para sofrer enormemente,
universalmente...
e basta uma brisa para desabrochar,
sorrir,
abraçar,
embalar o mundo...
ah, o mundo...
a dureza,
a crueldade brutal
das palavras
e dos actos
que ferem a alma
que a negam
que a ignoram
que a desfazem em mil pedaços
invisivelmente...
e no entanto somos almas
mentes
psiques
amor
e o amor não morre
mesmo quando a mente se perde
ou é presa
afastada
desprezada
amesquinhada
amachucada...
não, o amor não intimida
não exige
não se impõe
não ganha.
gera
cria
ampara
espera
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