As vontades e o acaso constituem padrões mutáveis de campos de força cuja evolução é previsível e imprevisível. Os ruídos, subtis ou penosos, ocultam o silêncio. A impotência e a perplexidade constituem o canto onde a inércia, encurralada, cria ferrugem e verdete. Lá longe - se é que ainda há distância - recomeça a guerra. Santa, como todas as guerras. As consciências baloiçam entre a preguiça e o medo. O momento arrasta-se. Empurrada para este posto de observação não sei que fazer com este olhar. Os movimentos humanos são pouco justificáveis, como os dos animais, o corpo tem necessidade de movimento e move-se pelo simples prazer de existir. Quem observa porém está, por definição, em repouso. Assim se limita a um só ponto de vista como se fora máquina fotográfica ou de filmar. O fascínio pelas máquinas é como o fascínio pela razão - a humanidade julga transcender-se quando se afasta da Vida. Enleada e alheada em palavras arrogantes dirige-se para o desastre sempre com a mesma crença na invencibilidade!
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