Vladimir Kush

Vladimir KUSH, Ripples on the Ocean, (Ondulações no Oceano)

Rumi

A vela do navio do ser humano é a fé.
Quando há uma vela, o vento pode levá-lo
A um lugar após outro de poder e maravilha.
Sem vela, todas as palavras são ventos.

Jalāl-ad-Dīn Muhammad RUMI




quarta-feira, 30 de junho de 2010

desamparo

a história balança entre a idolatria e a iconoclastia, as paixões extremas do amor e do ódio ao divino - ou deus e o diabo, paz e guerra, dualidades que se amparam

dá-se um passo atrás... e o mundo muda para se manter e mantém-se porque muda...

mas a linguagem resume o mais vasto, o ser que se revela na linguagem não é o ser mas uma representação, à qual se pode prestar culto, que se pode ignorar, que se pode destruir

o marketing anda a explorar esse ser da linguagem, que se pode vender porque as necessidades materiais são cada vez menos

o excesso dá fastio, dizem os que nunca passaram fome...

passar é o lema da vida

passar do desconhecido ao desconhecido por um conhecimento profundo

sem esquecer a ignorância fundamental de onde surgem os sonhos e as ideias...

vamos a velocidades vertiginosas com os astros e meditamos silenciosamente sobre tudo e sobre nada, passamos de casa em casa

e quando nos distraímos nesses grupos de mais ou menos desconhecidos é muito melhor ter amparo... porque a fala que passa pela nossa voz precisa de amor para se tornar audível

2 comentários:

teresa disse...

Texto bonito e reflexivo, almariada. A título pessoal e apesar de uma maior abrangência do post, um dos aspectos preocupantes nesta voragem é a amnésia (bastante) generalizada.

Abraço

almariada disse...

muito obrigada teresa, pela atenção e pelo comentário oportuno!
um grande (((abraço)))