Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
.
Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
4 comentários:
Grande Cecília! Sabia do desencontro dos ponteiros subjetivos...
Um abraço!
pois... suspiro... :)
((abraço)) querida Nivaldete
É sempre bom ler Cecília, e esse poema me relembra um morto-amor-vivo.
obrigada pelo comentário Borges, um bom dia!
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