Vladimir Kush

Vladimir KUSH, Ripples on the Ocean, (Ondulações no Oceano)

Rumi

A vela do navio do ser humano é a fé.
Quando há uma vela, o vento pode levá-lo
A um lugar após outro de poder e maravilha.
Sem vela, todas as palavras são ventos.

Jalāl-ad-Dīn Muhammad RUMI




segunda-feira, 31 de maio de 2010

comer o caminho de volta

Esta história é dos Irmãos Grimm e chama-se "Der süsse Brei" em alemão. Como não a conheço traduzida para português, vou chamar-lhe "Doces papas de aveia" a partir da tradução para inglês:

Era uma vez uma menina pobre mas boa que vivia sozinha com a mãe e já não tinham nada para comer. Por isso a criança foi para a floresta, e aí uma velhinha que sabia do seu desgosto encontrou-a e ofereceu-lhe uma panelinha que quando ela lhe dizia: "Cozinha, panelinha, cozinha" cozinhava boas, doces papas de aveia, e quando ela dizia: "Pára panelinha" deixava de cozinhar.

A menina levou a panelinha para casa e deu-a à mãe. Agora estavam livres da sua pobreza e fome e comiam doces papas de aveia sempre que queriam. Uma vez, quando a menina tinha saído, a mãe disse: "Cozinha, panelinha, cozinha" e a panelinha cozinhou. Ela comeu até ficar satisfeita e então quis que a panelinha parasse mas não sabia as palavras.

Então a panelinha continuou a cozinhar e as doces papas de aveia transbordaram e ela continuou a cozinhar até a cozinha ficar cheia e depois toda a casa, e depois a casa a seguir, e depois toda a rua como se quisesse matar a fome do mundo inteiro e houve o maior desespero mas ninguém sabia como acabar com aquilo.

Por fim quando já só faltava encher uma casa a menina voltou e disse "Pára panelinha" e a panelinha parou de cozinhar e quem quisesse voltar para a cidade tinha que comer o seu caminho de volta.

5 comentários:

Nivaldete disse...

Linda história!
Acho que estou comendo "um" meu caminho de volta!... Rsss...

Que não se perca a espontaneidade.

Um abraço grande.

almariada disse...

Sim, querida Nivaldete, que não se perca a espontaneidade! :)

beijinhos

Anónimo disse...

Olá

Conhecia essa história desde pequena, porque tinha um livro chaamdo "A Caçarola mágica", que tinha uns lindos desenhos da manina e da sua mãe, com quem eu nos identificava.

Lembras-te, almariadazinha?

almariada disse...

????? anónimazinha

Myriade disse...

Interesante, uma historia em que a filha é mais sabia que a mae. Nao conheco muitas ou mais bem de momento nao me lembro de nenhuma :))