"(...) nos fins de 1831 abandonei tudo o que eram cuidados de sciencia ou recreações litterarias para me alistar no exercito da Rainha, e imbarcar para os Açores. Em Janeiro de 1932 sahi de París com praça de simples soldado, consegui por este modo tomar minha humilde parte n'aquella expedição, cujos avisados e cautelosos directores com tanto impenho afastavam toda a gente conhecida de verdadeira liberal, por todos os modos, por modos que hãode parecer incriveis, e que eles hoje negariam a pés junctos, se fosse possível negar o de que ha tantas testimunhas e tantas victimas ainda vivas, tantos documentos que hãode durar mais que ellas.
A minha curta estada nas ilhas foi impregada quasi toda nos trabalhos de legislação e organização administrativa a que alli se procedeu, e de que me encarregou a amizade e confiança de um amigo particular, então em grande valimento, ao qual e á dura necessidade de me achar eu unico alli que tivesse estudado aquelas materias (...)"
Almeida Garrett, Romanceiro, (Na Segunda Edição, p. XII e XIII) Lisboa, Imprensa Nacional, 1875
imagem e transcrição do poema aqui
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