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"Entretanto, eu pensava, estendida como estou agora: «Devo ou não expulsar Mikail Ivanovich pela forma descomedida como falou a este rapaz que veio visitar-me?» Conservava-me de olhos fechados, sem conseguir decidir-me, aflitíssima, de coração palpitante. «Grito ou não grito?» Uma voz dizia-me: «grita», e a outra: «não grites». Mal ouvi esta outra voz desatei a gritar. Depois, desmaiei. Já se sabe, foi uma cena barulhenta."
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Dostoievski, Os Irmãos Karamazov, p. 500, Estúdios Cor, Lisboa, 1958
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