«Atrás de uma cortina ensanguentada, o amor espalhou os seus jardins.
Os amorosos ocupam-se com a beleza do amor que está para lá da explicação.
O intelecto diz: 'As seis direcções são o limite, não há nada para lá delas.'
O amor diz: 'Há um caminho, e eu percorri-o muitas vezes.'
O amor detectou mercados para lá do mercado.
O intelecto diz: 'Não ponhas o pé na terra da aniquilação;
Não há lá nada senão espinhos.'
O amor diz: 'Esses espinhos que sentes estão apenas dentro de ti!
Não digas nada! retira o espinho da existência do pé do coração;
Para que possas ver jardins interiores.'
Ó Shams de Tabriz! tu és o Sol oculto pela nuvem do discurso;
Quando o teu Sol nasceu, todas as palavras se derreteram!»
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Jalal al-Din Rumi
(Divan 132:1-3, 6-8)
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traduzido da tradução para inglês de Fatemeh Keshavarz,
'Reading Mystical Lyric: The Case of Jalal al-Din Rumi', University of South Carolina Press, 1998
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este é o poema de hoje em Daily Poems from Rumi
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