Enquanto na Austrália já é possível fazer mestrados e doutoramentos em filosofia aborígene, nenhum dos países de língua oficial portuguesa reconhece a existência de filosofias indígenas. Talvez o Brasil possa vir a ser o primeiro neste campo, no entanto:
Viveiros de Castro -- O que me interessa é repensar a relação entre antropologia e filosofia. Em particular, verificar até que ponto se pode fazer um uso filosófico de tradições intelectuais não ocidentais, notadamente de tradições dos povos nativos das Américas. Quando eu digo isso não estou dizendo que exista uma filosofia indígena ou algo do gênero. Estou querendo dizer que existem questões colocadas nas tradições intelectuais ameríndias que possuem um rendimento filosófico potencial grande e que, entretanto, não foram suficientemente aprofundadas.
Parece que falar de "uma filosofia indígena ou algo no género" é anátema.
2 comentários:
Boa lembrança. No Brasil há pesquisadores em programas de pós-graduação voltados para questões indígenas (não sei se tem havido interesse pelos conceitos filosóficos (chamemos assim) dos indígenas). E há um índio -Daniel Munduruku - que escreveu um livro chamado O Banquete dos Deuses, falando das concepções do seu povo. Já é alguma coisa... Um abraço!
Olá Nivaldete!
Isto é filosofia:
http://ursasentada.blogspot.com/2005/10/desenho-owau-ruri-site-war-associao.html
Temos muito que aprender uns com as outras!
Bem hajas!
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