Vladimir Kush

Vladimir KUSH, Ripples on the Ocean, (Ondulações no Oceano)

Rumi

A vela do navio do ser humano é a fé.
Quando há uma vela, o vento pode levá-lo
A um lugar após outro de poder e maravilha.
Sem vela, todas as palavras são ventos.

Jalāl-ad-Dīn Muhammad RUMI




terça-feira, 17 de março de 2009

O som da carroça

De tempos a tempos passa uma carroça, com rodas de madeira e aro em aço, aqui na rua que é empedrada. O som faz-me ir à janela.

Às vezes é só o senhor mas quase sempre vem acompanhado da mulher. Passam calmamente e nunca levantam os olhos para a janela do primeiro andar de onde os observo.

Quando os perco de vista olho para o quintal dos escuteiros que fica mesmo em frente e onde, por vezes, posso ver galinhas. Olho também para as árvores que são variadas. Algumas perdem as folhas no inverno, outras não, mas todas se modificam... Vejo os pássaros e os insectos que voam entre as árvores ou nelas pousam. Vejo o céu. Reparo se há ou não há vento. Hoje há.

Este bocadinho em que olho através da janela, porque o som das ferraduras e das rodas nas pedras me chamou, acontece muito de vez em quando. Cada vez que acontece lembro-me de outras vezes...

A carroça é cor-de-laranja.

2 comentários:

Aurora disse...

e aí não há carros de bois
se não eras chamada pelo chiar

aqui há mas nunca andam aí
só os vi uma vez
num desfile.

e era cá uma chiadeira!

almariada disse...

Esta carroça é puxada por um cavalo, ou uma égua, ou uma mula, ou um macho... como não sei qual não escrevi nada sobre isso... :)