Vladimir Kush

Vladimir KUSH, Ripples on the Ocean, (Ondulações no Oceano)

Rumi

A vela do navio do ser humano é a fé.
Quando há uma vela, o vento pode levá-lo
A um lugar após outro de poder e maravilha.
Sem vela, todas as palavras são ventos.

Jalāl-ad-Dīn Muhammad RUMI




domingo, 20 de dezembro de 2009

pensando

  • tu és sempre algo que permanece com lampejos da finitude do real e amnésias mais ou menos consentidas.
  • as metamorfoses são irrepetíveis mas podem parecer monótonas.
  • depende do teu estado de espírito: compreendes ou não compreendes, e compreendas ou não, eis o que é.
  • sem limites mas apropriadamente descrito como esfera.
  • se não houvesse a verdade como se poderia deformá-la? ;)
  • frio celeste, lume terrestre, vinho e petisco com amigas...
  • o prazer do inverno reside no lume.
  • no lar.
  • vocação de gata borralheira...
  • sonhos...
  • esquecimento
  • de todas as coisas do mundo quem pode julgar quais as que devem e as que não devem existir?
  • de toda a diversidade quem pode seleccionar o que é e não é legal?
  • (tenho aqui a sençação que a leitura brasileira e portuguesa da última frase vai divergir bastante)
  • acredita em ti, tu sabes.
  • e o que tu sabes não é o mesmo que outra pessoa sabe e é por isso que sois diferentes, para que vos possais reconhecer uns aos outros
  • e mesmo assim vós confundis o avô com o neto, os primos e os irmãos
  • trocais os nomes uns aos outros, não sabeis já o que queríeis quando iniciastes o caminho.
  • vamos às cegas, não vemos, vamos de costas voltadas para a fé, percorrendo a área das nossas crenças, raízes imaginárias de um ser equivocado.
  • auto-limitado para sentir algum poder.
  • por mínimo que seja:
  • eu fui fonte e origem disto ou daquilo...
  • engraçado, não é?
  • como se a fonte dissesse de si: nenhum manancial me alimenta escondido aos vossos olhos...
  • flutuam as nuvens no céu e as ideias também se evaporam e chovem.
  • por fim estás tão entretida que nem percebes quando acaba uma brincadeira e começa outra
  • não há fronteiras senão imaginárias, por mais que se materializem, sempre se esboroam sem se dar por nada

2 comentários:

gin-tonic disse...

Em muito novo leu "Os Pescadores de Pérolas" de Emilio Salgari e ficou sempre com o desejo de o ser: pescador de pérolas.
Só há dias o arrais apontou o barco para estes lados e ambos concluiram que virão mais vezes. A pérola que encontrou está aqui: "o prazer do inverno reside no lume".
Se lhe pedirem... não sabe explicar. Importa que ficou feliz.
Bom Ano, Boa Poesia.
Um abraço

almariada disse...

e como não há nada melhor que fazer alguém feliz também eu fiquei feliz! :)
e sempre na expectativa dos poemas que nos vai trazendo,
muito obrigada e Feliz Ano Novo!