As pessoas que gostam de livros devem trabalhar em bibliotecas? As pessoas que trabalham em bibliotecas não devem gostar de ler? Tentamos descobrir a verdade e traduzi-la em frases, mas ela não se deixa apanhar, nem se importa com o que dizemos.
O maior ladrão de livros terá sido o conde italiano Guglielmo Libri (1803-1869) e "libri" quer dizer "livros" em italiano, mas era um dos seus nomes de família e não uma alcunha.
Excelente matemático, Guglielmo Libri estudou na universidade de Pisa onde foi nomeado professor aos 20 anos. Provavelmente não gostou de ensinar porque no ano seguinte pediu uma licença sabática e foi para Paris.
Escreveu uma história matemática para a qual se apropriou de livros e manuscritos de Galileu, Fermat, Descartes e Leibniz na Biblioteca de Florença.
Em França foi nomeado inspector das Bibliotecas Públicas e terá levado mais de trinta mil livros consigo quando fugiu para Inglaterra antes que o prendessem.
Membro da Academia das Ciências Francesa e detentor de uma Legião de Honra imagina-se que o processo não tenha sido simples.
Depois da sua morte a maioria dos livros voltou para as Bibliotecas de onde os tinha levado.
2 comentários:
Isso tera sido como contratar pirómanos para trabalhar nos pombeiros :))
a paixão pelos livros arruinou-lhe a reputação... mas há quem lamente que os excelentes livros a que ele reconheceu o valor e reuniu não tenham permanecido juntos:
http://openlibrary.org/b/OL3451194M/archivio_di_Guglielmo_Libri_dalla_sua_dispersione_ai_fondi_della_Biblioteca_moreniana
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