Vladimir Kush

Vladimir KUSH, Ripples on the Ocean, (Ondulações no Oceano)

Rumi

A vela do navio do ser humano é a fé.
Quando há uma vela, o vento pode levá-lo
A um lugar após outro de poder e maravilha.
Sem vela, todas as palavras são ventos.

Jalāl-ad-Dīn Muhammad RUMI




sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Diante do mar

Perante linhas que se despenham
numa desarticulação cadenciada
um pensamento, mesmo o mais trivial
coloca-nos no centro de uma tempestade
Um reino subterrâneo
avança a intervalos pela casa fora
emerge muito lentamente
o declive
que para sempre nos separa

Imagina que tudo isto ocorre antes do próximo Inverno
E mesmo ao escurecer estás diante do mar
O mar como nunca antes o viste

José Tolentino Mendonça, O Viajante Sem Sono, Assírio & Alvim, Odivelas, 2009

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Transformação


Transformação da letra Z visigótica em C de cedilha. Informação na Wikipedia: 

File:Visigothic Z-C cedille.png


terça-feira, 2 de outubro de 2018

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

A cadeira da sereia

Uma princesa de Brest chamada Asenora, era casada com um rei bretão. Quando estava grávida o rei acusou-a de adultério e atirou-a ao mar dentro de um barril. Visitada por um anjo, quando flutuava no mar da Cornualha, deu à luz um filho nas ondas. Deram à costa e sobreviveram. Mais tarde ela fundou uma capela em Zennor. A cadeira da sereia está nesta capela. (Lenda e fotografias na Wikipedia) 

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

adultério

«A mais debatida das questões era a do adultério, agora quási desaparecida pela nova moral. Naquele tempo os homens peiteavam as mulheres no sentido de arranjarem amantes, entre os indígenas ricos, a-fim-de eles, apanhando-os em flagrante delito, os obrigarem a pesada multa, a indemnização avultada! A mulher, por motivo de adultério, não é repudiada nem dá causa a divórcio. O criminoso é apenas o amante - o «cahonga» - o desinquietador da mulher alheia, êsse o único a pagar a multa respectiva - o «ucói».

No interior de Luanda as questões por este motivo, provocadas propositadamente, não tinham fim, constituíam autêntica praga até a autoridade, com medidas severas, ter posto côbro a esta maneira de vigarizar o próximo.»

Luiz Figueira, «África Bantú Raças e tribos de Angola», Lisboa, 1938

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

A comunidade da Wikipédia em Língua Portuguesa está de luto.

«Na noite de 2 de Setembro de 2018 um incêndio de grandes proporções atingiu a sede do Museu Nacional do Brasil. Situado na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, o Museu Nacional perdeu quase todo o acervo histórico construido ao longo de duzentos anos. O Museu tinha cerca de vinte milhões de itens catalogados. 

Situado na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, o edifício que abrigava o Museu foi a residência oficial dos Imperadores do Brasil e está agora extremamente danificado.»

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Morabitino

Afonso II (1211-1223) moeda de ouro destinada a pagar grandes somas de dinheiro.

Museu Casa da Moeda

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Belle Bennett

Stella Dallas é um filme mudo de 1925, baseado num livro de Olive Higgins Prouty publicado dois anos antes. 

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Malala com jovens das tribos Tupinambá e Pataxó hã hã hãe

«Malala com jovens das tribos Tupinambá e Pataxó hã hã hãe, Brasil. Elas cantaram e dançaram juntas e conversaram sobre os desafios que as jovens índias enfrentam para ir à escola.»

Ontem, no Twitter:

«Today @Malala met girls from the Tupinambá and Pataxó Hãhãhãe tribes. They sang and danced together and talked about the challenges indigenous girls face in going to school. http://mala.la/anai»

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Duas palavras ...

Sim, duas palavras antes que se levante a cortina da história que te vou contar. De facto, para melhor compreenderes e apreciares o que se segue, gostaria que lesses estas poucas linhas destinadas, como é vulgar dizer-se, a compor o cenário!


O PAÍS DOS FARAÓS

A origem da civilização egípcia, uma das mais prodigiosas da Antiguidade, perde-se na noite dos tempos. Na verdade, quando no ano 3500 a. C., com o rei Menes, surgiram os primeiros faraós, o vale do Nilo tinha já atrás de si um grandioso período pré dinástico, que se estendia por milhares de anos. Para te dar uma ideia da imensidão do espaço de tempo que a história do Egipto abarca, dir-te-ei apenas que entre o faraó Quéops, o construtor da Grande Pirâmide que figura nesta história, e o faraó Akhenaton, decorreram cerca de dois mil anos, isto é, tanto tempo quanto aquele que nos separa do nascimento de Jesus Cristo!...

Além disso, apesar da inestimável descoberta de Champollíon, a quem devemos a decifração da escrita hieroglífica, e dos enormes progressos da egiptologia, os escassos conhecimentos que temos são parciais. Há períodos inteiros dos quais não sabemos grande coisa, e das trinta dinastias que se seguiram ao trono dos faraós, apenas onze são suficientemente conhecidas por nós! Ora, um homem poderia ter-nos esclarecido... Esse homem homem chamava-se Máneton...


MANÉTON, O HISTORIADOR

No século III a. C., quando o Egipto estava sob o domínio grego, o sacerdote Máneton elaborou uma história desse país a pedido de Ptolomeu I, o antigo general de Alexandre, o Grande, que se tornou rei do Egipto.

Recolhidas na origem, nas bibliotecas dos templos e nos arquivos reais, as suas anotações formavam um conjunto de grande valor. Infelizmente, esta história perdeu-se! Imagina qual a importância e o valor que a descoberta de um fragmento desta obra teria para o historiador moderno!


O PLANALTO DE GIZÉ

Mas voltemos ao principal elemento do nosso cenário, aquele que ocupará o centro da acção: a GRANDE PIRÂMIDE!...

Túmulo real, a Grande Pirâmide de Quéops, tal como as suas duas vizinhas gigantescas, as pirâmides de Quéfren e Miquerinos, ergue-se no planalto de Gizé, a uma dezena de quilómetros da cidade do Cairo.

Os Egípcios, que nos tempos mais remotos adoravam o Sol, do qual um dos seus nomes, Hórus, será várias vezes citado nesta história, consideravam este um dos locais mais privilegiados do culto celeste. Se observares o mapa aqui representado, ficarás certamente com uma noção clara deste planalto de Gizé, cujo solo deve guardar ainda muitos segredos, como o prova a recentíssima descoberta, junto da Grande Pirâmide, de uma enorme Barca Solar, incrivelmente antiga!...


A GRANDE PIRÂMIDE

Com a sua espantosa massa de seis milhões de toneladas, a Grande Pirâmide domina toda a região limítrofe. Com 138 metros de altura, e uma base de 227 metros de largura, é constituída por um conjunto de dois milhões de blocos calcários, cuja maior parte pesa, pelo menos, duas toneladas.

Esses blocos (alguns atingem 10 metros de comprimento) estão tão bem ajustados que, se lhe passarmos com a palma das mãos, a sua união não se sente!...

Esta massa de pedra ultrapassa em 77 metros as torres de Notre Dame de Paris e, se a pirâmide fosse oca, a basílica de S. Pedro de Roma, seria completamente absorvida por ela!

Esta maravilha, infelizmente a única que subsiste das «Sete Maravilhas» da Antiguidade, em nada se parece, no entanto, com o que era no tempo em que foi construída. Atingia então 148 metros de altura e os seus quatro lados estariam revestidos de fino calcário branco, liso e polido, reflectindo o sol com tanto brilho, que os Egípcios lhe chamavam «A LUZ».

Nos finais do século XII esse revestimento ainda existia mas, quando um tremor de terra devastou a cidade do Cairo, os Árabes, para reconstruirem a sua cidade, retiraram pura e simplesmente, da Grande Pirâmide, os materiais necessários.


O MISTÉRIO DA GRANDE PIRÂMIDE

Durante dezenas de séculos, o colosso que desafiava vitoriosamente os Hicsos, os Assírios, os Persas, os Gregos e os Romanos, guardou ciosamente o seu segredo. Mas, no ano 820 d. C., o Califa Al Mamum (filho do famoso Califa Harun Al Rachid das «Mil e Uma Noites») decidiu verificar se, como rezava a lenda, a pirâmide escondia ou não fabulosos tesouros.

O gigante foi invadido por um exército de operários. Mas quando estes, após inúmeros esforços, aí conseguiram penetrar, descobriram apenas três câmaras a que abusivamente chamaram «Câmara do Rei», Câmara da Rainha» e «Câmara Subterrânea». Só a primeira guardava uma grande pia de granito vermelho!...

Os engenheiros passaram as câmaras e os corredores a pente fino, examinando em vão as paredes e calcetamentos, mas o famoso tesouro continuou por encontrar!...

Depois disso, os séculos continuaram a transcorrer sobre este imponente monumento que vigia a sua silenciosa companheira, a Esfinge, ela própria tão velha, que já no tempo de Quéops era considerada um enigma... E o «Mistério da Grande Pirâmide continua por desvendar!...

É dele, caro leitor, que o professor Mortimer e o capitão Blake se vão ocupar.

A cortina vai subir! Boa leitura... e boa viagem!

A história vai começar!!!...

O MISTÉRIO DA GRANDE PIRÂMIDE, Blake & Mortimer, E. P. Jacobs, 1986

quinta-feira, 14 de junho de 2018

No jardim das fadas

“No jardim das fadas vai uma grande agitação. Elas correm com as suas asinhas transparentes e falam todas ao mesmo tempo, com murmúrios e gritinhos e suspiros de fada”

Rosa Lobato Faria, «A Menina e o Cisne»

terça-feira, 5 de junho de 2018

sexta-feira, 25 de maio de 2018

quinta-feira, 17 de maio de 2018

qualidades e defeitos

Quem quer dizer verdades tem dificuldade em encontrar as palavras certas, mas quem quer mentir sabe o que há-de dizer.

sábado, 28 de abril de 2018

Investigações filosóficas

410 «Eu» não é o nome de uma pessoa, «aqui» não designa um lugar, «este» não é um nome. Mas estão relacionados com nomes. Os nomes explicam-se por seu intermédio. É também verdade que a Física se caracteriza pelo facto de não utilizar estas palavras.

Ludwig Wittgenstein 

sexta-feira, 27 de abril de 2018

segunda-feira, 16 de abril de 2018

terça-feira, 10 de abril de 2018

dodecaedro na Wikipedia


Fotografia encontrada na Wikipedia com a legenda «Dodécaèdre perlé, époque romaine, alliage cuivreux. Musée des beaux-arts et d'archéologie de Vienne».

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Como é que nasceste?

«- A mim foi a cegonha que me trouxe.
- Eu nasci numa couve.
- A mim mandaram-me vir pela internet.
- Nós somos pobres, o meu pai fez-me ele mesmo.»

terça-feira, 3 de abril de 2018

A concepção de Alexandre o Grande


Ilustração da tradução francesa de Quintus Curtius Rufus "Vida de Alexandre", séc. XV. 
Agora na Biblioteca Britânica (British Library, MS Burney 169, f. 14r)  

quinta-feira, 22 de março de 2018

escreve, diz ela

Catálogo de manuscritos iluminados da Biblioteca Britânica.

Royal 10 E IV f. 307
Seated man taking dictation from a woman

Descrição da página de imagens «homis assis à la dictée d'une femme.
Origine: França, S. (Toulouse?)»

quarta-feira, 21 de março de 2018

O rei Artur, da história à literatura

O rei Artur aparece nas lendas gaulesas a partir do ano 600. A Biblioteca Nacional de França, Gallica, publicou na Internet todas as imagens e textos de que dispõe. Procurar: Arthur de l'histoire à la littérature. É maravilhoso!   

segunda-feira, 12 de março de 2018

tocadora de harpa no antigo Egipto

Fragmento de uma suspensão de couro (?)
Novo Reino, 18ª dinastia, ca. 1550-1458 a.C.
Tebas, Asasif, Túmulo MMA 815, escavações MMA, 1929-30
Couro (provavelmente cabra), tinta.
Fundo Rogers. 1931
31.3.98
Agora na exposição "Músicas en la Antigüedad" CaixaForum Barcelona.

quinta-feira, 8 de março de 2018

terça-feira, 6 de março de 2018

Risshun - Setsubun da primavera (Japão)

Este desenho está num artigo sobre o antigo ano novo do cristianismo ortodoxo:
«Antigo Ano Novo - outro motivo ou algo mais?»
«Старый Новый год – еще один повод или нечто большее?» Publicado on-line em «Дзержинск.ву» uma publicação bielorrussa. Este é o link.




segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Vespa colorida

Hedychrum niemelai

Só vi uma, uma vez em Évora. Estava no chão e em risco de ser pisada. Consegui que subisse para a contracapa de um livro que levava comigo e levei-a para um canteiro onde achei que estaria mais segura.

Nessa altura andava a estudar filosofia e a ler Descartes e as suas ideias sobre os animais máquinas que me irritavam. Este bichinho tão lindo pareceu-me ter vindo sossegar-me sobre a vida. Que a contracapa do livro tivesse servido para o levar também me pareceu uma linda ironia do destino.

Até hoje ignorava que bichinho era. Hoje encontrei-o no Twitter na conta do Museu de História Natural de Oxford, no Reino Unido:

(MuseumNaturalHistory
‏ @morethanadodo

(Despite its exotic appearance, this Ruby-tailed Wasp (Hedychrum niemelai) was collected locally at Shotover Park, Oxfordshire. You might see one scurrying over walls or tree trunks, April to September. Its concave abdomen allows it to curl into a protective ball if threatened.)

A fotografia está em http://www.naturephoto-cz.com/hedychrum-niemelai-photo_lat-17326.html. 

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Cavalo de Tróia

Datado de 670 a.C.

Museu arqueológico da ilha grega Mikonos.

Fotografia de "Travelling Runes" na Wikipedia. Link

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

tulipas na neve

Moldávia.
Fotografia publicada hoje no grupo do VK «Любители неба | Природа | Путешествия» (Amantes do céu | Natureza | Viajando) 

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Grou

Grou no Jardim Hibiya, no centro de Tóquio, manhã de 25 de Janeiro de 2018.

A fotografia foi publicada pelo grupo Япония | Nippon no VK, carregue aqui para ver a fotografia e aqui para ter acesso ao grupo.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

herói celta

Foi descoberto em 1943 em Mšecké Žehrovice, perto de Slaný, na República Checa, 65 km a noroeste de Praga.

Datado de 450 - 50 a.C.

Museu Nacional de Praga. 

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Constituição dos atenienses

Cópia da constituição dos atenienses escrita num rolo de papiro guardado na Biblioteca Britânica.
Encontrado no Egipto no séc. XIX este papiro foi originalmente usado para registar as contas de uma quinta. Cerca de 30 anos mais tarde o texto de Aristóteles foi copiado por escribas diferentes no verso.
Vou deixar o link aqui.
No caso do link se perder - é frequente - chega-se lá no site da British Library, Ancient Books, Article by: Cillian O’Hogan, Theme: The makers of Greek manuscripts.