Hoje a minha navegação na internet levou-me até ao Ártico e aos Inuit que medem as suas viagens em dormidas:
«Não vive ninguém no interior da Gronelândia, apenas os caçadores Inuit se aventuraram na planície gelada através dos séculos, aprendendo assim a medir as distâncias em sinik, em sonhos. A denominação refere-se ao número de noites que uma pessoa passa em viagem, mas na Gronelândia as noites podem ser quase inexistentes, ou muito compridas, dependendo da época do ano, assim como os dias e a distância percorrida. Assim é inútil tentar calcular a duração ou distância de um trajecto baseando-nos nos sinik usados por outro caçador. No Inlandis cada um deve perseguir os seus próprios sonhos.»
«Os Inuit medem as viagens em sinik - um conceito que descreve a união de espaço, movimento e tempo, evidente para os Inuit mas que não pode ser dito em nenhuma língua europeia actual.»
«Immaqi? (Porquê pressa?) é o que perguntam os Inuit com um encolher de ombros.»
«Na língua Inuktitut, "Siniluaqtutit" é uma palavra composta "sinik" (dormir) + luaq (demasiado) + tutit (segunda pessoa do singular); i.e., “Tu dormes demasiado.”»
4 comentários:
e tu foste daí até à gronelândia em menos de um sinik!
a net......
É verdade! Que desperdício de siniks... ;)
A ciência deve ficar maluca... E como é impressionante a diversidade da vida, dos modos de viver, sobreviver, viver o tempo...
pois é, Nivaldete, a ciência divide, separa, distingue... mas o conhecimento da diversidade é todo junto.
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