Foi passear ao luar. Não encontrou ninguém. Saiu das ruas para os caminhos e chegou ao campo onde os vizinhos são animais tímidos que não se deixam ver. Tinha calçado meias castanhas porque podia haver poças de lama onde lhe apetecesse mergulhar os pés. Encontrou-as e foi o que fez. No céu sem nuvens as estrelas debruçaram-se quando ouviram chapinhar e as unhas saudaram-nas, sem falar. Somos dez e vós milhares, oh astros! E eu, só uma, passou a lua. Quando calçou os sapatos e voltou para casa ainda faltava muito para amanhecer. Acenou ao céu e foi-se deitar.
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