Quando Maria fez uma grinalda para o Natal
O sangue correu vermelho - correu vermelho.
Outra Maria entrelaçou os Espinhos
Que coroaram a cabeça do seu Senhor
Mas o Visco estava longe
Do outro lado de um mar Ocidental,
E o Visco foi engrinaldado à volta
De uma macieira Pagã.
Em Glastonbury cresceu um Espinho,
Quando José chegou para comerciar.
E o Azevinho crescia naturalmente
Em toda a clareira arborizada.
Mas o Visco era sagrado onde
O Sol se levanta cada manhã,
E o Visco não sabia nada do
Bebé em Belém nascido.
Quando José chegou para comerciar.
E o Azevinho crescia naturalmente
Em toda a clareira arborizada.
Mas o Visco era sagrado onde
O Sol se levanta cada manhã,
E o Visco não sabia nada do
Bebé em Belém nascido.
Santo Patrício singrava os mares tormentosos
Para pregar a Cruz - e assim
Descobriu a árvore de Eva - com a serpente enroscada -
E suspensa com Visco.
«Peço-te, Serpente, abandona esta Terra
E abre, Planta, os teus ouvidos.»
Pregou a História de Cristo - e Vede!
O Visco verteu lágrimas…
Para pregar a Cruz - e assim
Descobriu a árvore de Eva - com a serpente enroscada -
E suspensa com Visco.
«Peço-te, Serpente, abandona esta Terra
E abre, Planta, os teus ouvidos.»
Pregou a História de Cristo - e Vede!
O Visco verteu lágrimas…
O Azevinho tem bagas vermelhas,
Vermelhas cor de sangue em cada ramo.
O Espinho medra com flores douradas,
E agora à maneira de Confeitos.
O que darás tu ao Senhor Cristo?
Oh! Ramo Pagão tão verde?
«As Lágrimas que verti por Alguém
Que nunca vi…»
Vermelhas cor de sangue em cada ramo.
O Espinho medra com flores douradas,
E agora à maneira de Confeitos.
O que darás tu ao Senhor Cristo?
Oh! Ramo Pagão tão verde?
«As Lágrimas que verti por Alguém
Que nunca vi…»
Deixem o Homem então dar a sua vida pelo Homem,
Dizem as bagas vermelhas cor de sangue,
E os homens têm amor pelo próximo
Onde as flores de Urze medram tão alegres,
E as Lágrimas do Homem sejam vertidas pelo Homem
Onde o Visco fulgura branco,
Vem, piedade, amor e sacrifício…
Deus nos abençoe a todos esta noite!
Agatha Christie Mallowan (1965), A Estrela de Belém, Contos de Natal,
p. 31 a 33, Livros do Brasil, Lisboa, 1989
Dizem as bagas vermelhas cor de sangue,
E os homens têm amor pelo próximo
Onde as flores de Urze medram tão alegres,
E as Lágrimas do Homem sejam vertidas pelo Homem
Onde o Visco fulgura branco,
Vem, piedade, amor e sacrifício…
Deus nos abençoe a todos esta noite!
Agatha Christie Mallowan (1965), A Estrela de Belém, Contos de Natal,
p. 31 a 33, Livros do Brasil, Lisboa, 1989
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