«Em 1517, uma frota portuguesa inteira. com mais de 3.000 soldados e marinheiros, partiu para a Índia para controlar o Mar Vermelho. A invasão andou anos a ser preparada, mas a ocasião não podia ter sido mais propícia. O sultão otomano, Selim, o Taciturno tinha acabado de conquistar o Egito e as respetivas colónias, Síria e Arábia, mas os antigos territórios mamelucos continuavam agitados. Por breves momentos, o objetivo de D. Manuel parecia facilmente concretizável: do Suez, eram só uns dias de caminho até à cidade de Jerusalém.
A frota chegou a Aden, onde os cruzados foram inesperadamente recebidos de braços abertos. Aden estava completamente em pânico por causa dos invasores otomanos, que há muito eram conhecidos pelo tratamento atroz que davam aos Árabes. Se os Portugueses tivessem dito que queriam a cidade, relatou um mercador alemão, chamado Lazarus Nürnberger, a cidade ter-lhes-ía sido entregue no mesmo instante. Mas, em vez de aceitarem a chave de entrada no Mar Vermelho, os indecisos comandantes seguiram para Jeddah (Judá). Lançaram âncora, reuniram-se e decidiram que a passagem para Meca estava tão fortemente defendida que seria arriscado atacar. Em vez disso regressaram a Aden, mas, desta vez, o governador tinha perdido a fé nos irresolutos cristãos e a frota foi às voltas até à Índia. Quando lá chegou, muitos dos homens que ainda não tinham desertado tinham-se perdido em violentas tempestades.»
Guerra Santa, As Viagens Épicas de Vasco da Gama e o Ponto de Viragem em Séculos de Confrontos Entre Civilizações
Por NIGEL CLIFF
ver aqui
a imagem está na Wikipedia como provindo do livro The Ottoman Age of Exploration mas encontrei-a também como proveniente de Gaspar Corrêa, Lendas de Índia, 1858, no site da Newberry Library, Chicago: Greenlee Collection
A frota chegou a Aden, onde os cruzados foram inesperadamente recebidos de braços abertos. Aden estava completamente em pânico por causa dos invasores otomanos, que há muito eram conhecidos pelo tratamento atroz que davam aos Árabes. Se os Portugueses tivessem dito que queriam a cidade, relatou um mercador alemão, chamado Lazarus Nürnberger, a cidade ter-lhes-ía sido entregue no mesmo instante. Mas, em vez de aceitarem a chave de entrada no Mar Vermelho, os indecisos comandantes seguiram para Jeddah (Judá). Lançaram âncora, reuniram-se e decidiram que a passagem para Meca estava tão fortemente defendida que seria arriscado atacar. Em vez disso regressaram a Aden, mas, desta vez, o governador tinha perdido a fé nos irresolutos cristãos e a frota foi às voltas até à Índia. Quando lá chegou, muitos dos homens que ainda não tinham desertado tinham-se perdido em violentas tempestades.»
Guerra Santa, As Viagens Épicas de Vasco da Gama e o Ponto de Viragem em Séculos de Confrontos Entre Civilizações
Por NIGEL CLIFF
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