quando era criança os rapazes jogavam aos berlindes e também às caricas
as caricas, ao contrário dos berlindes, eram grátis e existiam em abundância
lembro-me de o meu irmão, que é mais novo, me ter perguntado de onde vinham os berlindes e de eu ter inventado que os berlindes apareciam na terra e havia pessoas que andavam à procura deles para os vender, embora soubesse que estava a inventar aquilo
eu gostava muito de inventar respostas e explicações para lhe dar e ele ficava muito mais contente do que se lhe dissesse que não sabia
numa noite em que faltou a electricidade fomos para a janela e vimos a Lua cheia, o meu irmão ficou tão maravilhado que resolvi brincar e dizer que sempre que faltava a electricidade a Lua vinha iluminar a noite, o que o maravilhou ainda mais mas me fez sentir tão culpada e, ao mesmo tempo tão incapaz de o desiludir, que nunca mais me esqueci disto
voltando às caricas: começaram a ter cromos para coleccionar
surpreendeu-me que os fabricantes de sumos incentivassem as pessoas a comprá-los para ganhar cromos, pensei que isso queria dizer que os sumos não prestavam
mas o meu irmão, que só queria ganhar os cromos, pedia sumos e bebia-os, de modo que me rendi à evidência que os vendedores de sumos sabiam que ninguém ia pensar como eu
nunca me tinha ocorrido pensar quem é que teria inventado as caricas, graças à Wikipedia descobri ontem que em 1892, nos Estados Unidos, o Sr. William Painter, de Baltimore, registou a patente da carica com o nome de Crown cork que se pode traduzir como Coroa de cortiça, Rolha em coroa ou Coroa para tapar, podendo haver traduções melhores que agora não me ocorrem
as caricas terão sido também as primeiras coisas produzidas em série para usar uma única vez, tendo inspirado todos os produtos de "usar e deitar fora" que vieram depois
diz ainda a Wikipedia que, até à invenção das caricas, as garrafas não tinham o fundo chato para evitar que fossem armazenadas de pé, o que fazia com que a cortiça secasse e a rolha eventualmente saltasse devido à pressão interior
senti-me esclarecida em relação ao mistério dos fundos bicudos das ânforas
ah, a maravilha das explicações!
as caricas, ao contrário dos berlindes, eram grátis e existiam em abundância
lembro-me de o meu irmão, que é mais novo, me ter perguntado de onde vinham os berlindes e de eu ter inventado que os berlindes apareciam na terra e havia pessoas que andavam à procura deles para os vender, embora soubesse que estava a inventar aquilo
eu gostava muito de inventar respostas e explicações para lhe dar e ele ficava muito mais contente do que se lhe dissesse que não sabia
numa noite em que faltou a electricidade fomos para a janela e vimos a Lua cheia, o meu irmão ficou tão maravilhado que resolvi brincar e dizer que sempre que faltava a electricidade a Lua vinha iluminar a noite, o que o maravilhou ainda mais mas me fez sentir tão culpada e, ao mesmo tempo tão incapaz de o desiludir, que nunca mais me esqueci disto
voltando às caricas: começaram a ter cromos para coleccionar
surpreendeu-me que os fabricantes de sumos incentivassem as pessoas a comprá-los para ganhar cromos, pensei que isso queria dizer que os sumos não prestavam
mas o meu irmão, que só queria ganhar os cromos, pedia sumos e bebia-os, de modo que me rendi à evidência que os vendedores de sumos sabiam que ninguém ia pensar como eu
nunca me tinha ocorrido pensar quem é que teria inventado as caricas, graças à Wikipedia descobri ontem que em 1892, nos Estados Unidos, o Sr. William Painter, de Baltimore, registou a patente da carica com o nome de Crown cork que se pode traduzir como Coroa de cortiça, Rolha em coroa ou Coroa para tapar, podendo haver traduções melhores que agora não me ocorrem
as caricas terão sido também as primeiras coisas produzidas em série para usar uma única vez, tendo inspirado todos os produtos de "usar e deitar fora" que vieram depois
diz ainda a Wikipedia que, até à invenção das caricas, as garrafas não tinham o fundo chato para evitar que fossem armazenadas de pé, o que fazia com que a cortiça secasse e a rolha eventualmente saltasse devido à pressão interior
senti-me esclarecida em relação ao mistério dos fundos bicudos das ânforas
ah, a maravilha das explicações!
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